Empresa foi a primeira fabricante de materiais elétricos a se associar ao programa que visa aumentar os índices de reciclagem do e-lixo no País

Líder no fornecimento de materiais elétricos, a STECK passa a integrar formalmente o sistema nacional de logística reversa de produtos eletroeletrônicos. A empresa, sediada em São Paulo-SP, ainda em abril ampliou o escopo de sua associação ao programa da Green Eletron, entidade gestora responsável por estruturar, implementar e operacionalizar a logística destes produtos.

O sistema foi regulamentado via decreto (12.240), assinado em fevereiro de 2020 pelo Governo Federal. Trata-se de uma complementação jurídica à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e uma oficialização dos termos celebrados no Acordo Setorial de Eletrônicos em outubro de 2019.

Funcionamento

O documento estabelece as condições, as obrigações de cada elo da cadeia e as metas para dar aos eletrônicos de uso residencial uma destinação final ambientalmente adequada no pós-uso, preferencialmente à reciclagem desses resíduos.

Isso significa que os fabricantes e importadores estão obrigados a destinar adequadamente 100% do que for voluntariamente descartado pelos consumidores entre 215 tipos de produtos, como por exemplo celulares e notebooks.

O descarte e a devolução dos itens para os fabricantes e importadores serão obrigatoriamente operacionalizados pelos comerciantes e distribuidores por meio de pontos de recebimento e de consolidação, respectivamente.

No que tange à STECK, a empresa se compromete por meio da associação com a Green Eletron a destinar adequadamente 100% dos resíduos sólidos da marca captados por meio dos revendedores em todo o País.

Dentre os produtos contemplados pelo programa, seguindo os tipos de eletrônicos relacionados pelo decreto, estão as campainhas (2 modelos) e minuterias (2) para trilho DIN da linha de comando e proteção, além dos módulos de cigarra eletrônica (5), carregador USB (6), variadores de iluminação e ventilação (2) das linhas de tomadas residenciais Stella® e Sophie®.

Além do comprometimento com o programa de logística reversa de eletrônicos, nós também estamos comprometidos com a destinação de pilhas e baterias, regulada à parte. Todos os nossos esforços se concentram em promover um futuro sustentável por meio de uma cadeia de produtos circular”, afirma Luis Valente, CEO da STECK.

Metas

Segundo o Governo Federal, existem atualmente 173 pontos de coleta de eletrônicos no País. A meta estabelecida pelo decreto é atingir 5.000 até 2025 nas 400 maiores cidades, de forma que seja possível contemplar 60% da população nacional.

Outro objetivo definido pelo documento é atingir em 5 anos a coleta e a destinação adequada de 17% dos eletroeletrônicos comercializados no mercado interno de uso doméstico, tomando o peso destes como parâmetro. Para 2021, a meta é de 1%.

Segundo o Global E-waste Monitor 2020, o Brasil gerou no ano passado 2.14 milhões de toneladas/ano de lixo eletrônico, o ‘e-lixo’. Foi o segundo maior gerador nas Américas, atrás somente dos EUA (6.91 milhões de toneladas/ano). O México foi o terceiro com 1.22 milhão de toneladas/ano.

O estudo estima que o mundo deve saltar das 53.6 milhões de toneladas geradas em 2019 para 74.7 milhões em 2030. Do atual montante global, apenas 17,4% é devidamente captado e descartado, o que significa que 82,6% de todo o e-lixo gerado no mundo tem destino desconhecido. Provavelmente vai parar em lixões e aterros, colocando as pessoas e a natureza sob sério risco de contaminações.